sexta-feira, 31 de julho de 2015

Lugares Fantásticos que foram abandonados



Causa-me imenso fascínio e, em alguns casos, alguma estranheza, alguns lugares fantásticos que foram deixados ao abandono e que agora são alvos das intempéries e de vandalismo, lugares esses não apenas pelos sítios onde estão como, em muitos casos, pela sua arquitectura. E sobretudo estranheza porque me questiono se “aquilo” não tem dono e interessados em adquirir esses lugares e edifícios, pois são espaços que de certo valem “alguma coisa” e o facto de estarem abandonados é algo que me causa estranheza.


Em todo o mundo há "n" de lugares fantásticos abandonados nos quais destaco, pela sua beleza, o HotelSalto, Colômbia; Moínho de água, Itália; Cidade medieval deCraco, Itália; Castelo Miranda, Bélgica e a Estação de metro CityHall, Estados Unidos da América. No entanto quero destacar aqueles lugares estranhamente abandonados no nosso pais:


- Palácio do Rei do Lixo, Coina. Quando venho de Lisboa em direcção a Évora vejo sempre esse imponente edifício. É lindíssimo;
- Quinta do Montado – Quinta de Marques Gomes –Canidelo
- Casa da Praça – Frazão
- Casa do Relógio – Porto;
- Convento Santa Clara -Vila do Conde;
- Palácio Fonte da Pipa – Loulé;
- Restaurante Panorâmico – Monsanto.

E por incrível que pareça há mais locais e edifícios em completo abandono.

Questiono? Estes locais não têm donos? Nalguns casos sei que sim, mas se não, porquê o Estado Português sempre tão lesto a salvar BPN’s e a fazer negociatas com os amigos, não investe neste património de forma a que fique de todos nós?

É apenas uma questão ingénua!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Não sei se havia de rir ou de chorar

quando me deparei hoje com a seguinte notícia:

Raelianos querem que Portugal os deixe abrir uma embaixada extraterrestre. AQUI

Depois, mais à frente no texto e entre vários mimos, pode-se ler: "Em Portugal, o grupo tem - segundo o MIVILUDES - 15 membros ativos e meia centena de simpatizantes."...

Cof! Cof! (tosse de engasgado a rir)

Depois pensei: "Olha, o meu blog até tem mais membros. Vou pedir à ONU que me ofereça um país". 

Eu por acaso até gosto de ver aqueles programas que indiciam a influência de outros seres no planeta Terra, confesso que algumas teorias deixam-me, no mínimo, pensativo, mas daí a este perfeito disparate vai uma enorme diferença. 

Isto fez-me lembrar aquelas pessoas que avistam Objectos estranhos no ar (ok, Ovnis) do tamanho de 3 estádios de futebol. O engraçado é que são só elas que vêm esses objectos, como se fosse possível que uma coisa do tamanho de 3 estádios de futebol no ar passasse despercebido ao comum dos  mortais. 

Anda tudo xanado! Deve ser da crise (a causadora de todos os males que assolam o mundo).

sábado, 18 de julho de 2015

O Tempo e o Vento – Érico Veríssimo (O Continente)



Dividido em três volumes que foram escritos em 15 anos (1947 – 1962), “O Tempo e o Vento” é considerado como a Obra Prima de Erico Veríssimo, um autor que muito admiro, sendo que “Olhai os Lírios do Campo” figuram como um dos livros da minha vida. Desta forma empreendi a leitura desta mega-obra (mais de 2.000 páginas), algo que estava há muito tempo nas minhas pretensões.

Devido não só à extensão da obra, proponho-me a comentá-la à medida que vou lendo os três volumes e também porque não faço tensões de os ler em série. Ou seja, agora terminei “O Continente” e vou pegar noutros livros que aqui tenho para, qualquer dia, pegar no “O Retrato” (2º volume) e posteriormente no “O Arquipélago”, pois também já constatei que, embora sendo uma saga, os volumes se podem ler de uma forma independente.

De uma forma muito resumida, “O Tempo e o Vento” narra a história do Rio Grande do Sul que se entrelaça com a família Terra Cambará. Embora o título presente abranja 150 anos dessa história (1745-1895), podemos, sem sombra de dúvida, afirmar que mais do que a história desse vilarejo e dessa família, o que sobressai é a História do próprio Brasil.

1745 o Brasil pertence ainda à coroa portuguesa e se por um lado os castelhanos entram território adentro matando tudo o que encontram, por outro lado assiste-se a uma cimentação das missões jesuítas e é precisamente numa destas missões que se inicia o romance com o nascimento de Pedro Missioneiro. A partir daí e à medida que vamos acompanhando o percurso de vários personagens, o autor dá-nos o ponto de situação da nação brasileira e da forma como os portugueses conseguiram manter aquele imenso território unido. Cheio de guerras e episódios verdadeiramente sangrentos, entra-nos alma dentro a constação da miscelânea de um povo e as suas raízes. 

Propositalmente situado na região gaúcha por ser a região natal do autor, o livro dá-nos belíssimos momentos de narrativa só ao alcance dos génios literários que de facto Veríssimo foi.

De notar que, pese embora o livro assente na força das personagens femininas, são de facto elas que servem de suporte não apenas à família como igualmente a toda a obra (família Terra), são sim as personagens masculinas aquelas que com a sua coragem e força dão força e carisma à narrativa (família Cambará). É inegável o apego que essas personagens masculinas nos deixam. De Pedro Missioneiro a Maneco Terra, sobretudo o carismático “sem vergonha” Cap. Rodrigo Cambará, Juvenal Terra, Bolívar Cambará, entre outros, são personagens masculinos que nos servem de mote para todo um romance brilhantemente construído, pese embora, repito, sejam as figuras femininas aquelas que os suportem.

É impressionante a capacidade que Veríssimo tinha em construir personagens de uma enorme complexidade. Todos eles têm o seu lugar e a sua importância bem definidas no romance. Dos mais carismáticos aqueles que aparentemente pouca importância têm, o autor consegue-lhes dar uma alma que faz com que todos eles sejam recordados muito depois de terem desaparecido. Ou seja, pese embora a árvore genealógica seja grande, não é de todo difícil conseguirmos visualizar e recordar quem foi quem e recordar-nos da sua importância no romance.

Este é pois um romance soberbo que vai directamente para a galeria restrita dos meus livros favoritos e uma obra que aconselho a todos aqueles que apreciam a boa literatura que também nos oferece a narrativa de parte da História do Brasil que é também um pouco da História de Portugal.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Livraria Lello com entradas Pagas

A Livraria Lello, no Porto, é considerada, pelo Guardian, a 3ª Livraria mais bonita do Mundo.

Com uma emblemática escadaria vermelha no seu interior, que serviu de inspiração a J.K. Rowling para criar a escadaria de Hogwarts na saga de Harry Potter, tem diariamente centenas de visitantes que ali se dirigem apenas para tirar fotos ou apenas para verem a sua beleza.

A partir de 23 de Julho a administração decidiu começar a cobrar 3€ apenas pela entrada, valor esse que é deduzido no valor em livros se, obviamente, o visitante comprar.

Pessoalmente quando li a notícia fiquei chocado, mas passados uns minutos dei por mim a concordar com a mesma, sobretudo depois de ler as afirmações de José Manuel Lello, um dos proprietários.

Eu nunca a visitei mas concordo com a medida. Por acaso tenho pretensões de a visitar numa próxima ida ao Porto, mas também confesso que tenho pretensões de ali adquirir algumas obras com o carimbo da Lello.

No entanto e já agora, espero que acabem com a venda de outras lembranças que nada têm a ver com a literatura, pois quando passear na livraria Lello, não me apetecia ver sabonetes e outros corpos estranhos.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Stephen King: 20 conselhos para escritores

Periodicamente, os escritores são tentados a dar conselhos «aos mais jovens» com base na sua experiência — ou na sua «fé no trabalho da escrita». Aqui estão 20 regras adotadas por Stephen King:
  1. Escrever para si próprio; só depois pensar no leitor.
  2. Não se preocupar com o que os outros vão dizer.
  3. Ter confiança em si próprio. «Estou convencido de que o medo está na origem das piores páginas.»
  4. Continuar fiel ao seu estilo.
  5. Escrever torna-nos felizes.
  6. Cuidar do começo do livro. «A primeira linha deve convidar o leitor a entrar na história.»
  7. Escrever uma palavra de cada vez. «Quer se trate de uma pequena história de uma página, ou de uma epopeia como O Senhor dos Anéis, o trabalho é sempre feito uma palavra de cada vez.»
  8. Não utilizar a voz passiva. «Os escritores tímidos gostam dos verbos passivos pelas mesma razão que os amantes tímidos gostam dos parceiros passivos. A voz passiva não corre riscos.»
  9. Evitar os advérbios. «O advérbio não é vosso amigo. Sobretudo depois de “ele disse” ou “ela disse”.»
  10. Fazer parágrafos. «Os Parágrafos são tão importantes no plano visual como no plano do significado: são os sinais da intenção.»
  11. Não ficar obcecado pela gramática. «A finalidade da ficção não é a exactidão gramatical, mas deve permitir que o leitor entre no romance para lhe contar uma história.»
  12. Não ser exaustivo nas passagens descritivas. «A descrição começa na imaginação do autor, mas deve acabar na do leitor.»
  13. Deixar cair as passagens que sabemos de cor. «Suprimam as vossas passagens preferidas...»
  14. O trabalho de documentação e investigação não deve suplantar a intriga.
  15. Escrever com a porta fechada. «É a vossa forma de dizer ao mundo e a vós próprios que estão ocupados.
  16. Preparar a sala de trabalho de uma forma simbólica.
  17. Desligar a televisão e eliminar as distrações.
  18. Cumprir os prazos. «O primeiro esboço de um romance, mesmo longo, não deve tomar mais de três meses a escrever, o que corresponde a uma estação do ano.»
  19. Fazer um pausa. «Ler o livro depois de seis semanas de férias pode ser uma experiência estranha e estimulante.»
  20. Escrever e ler o tempo todo. «Ler muito e escrever muito. Se não tiverem tempo para ler, então também não têm tempo (e ferramentas) para escrever

sábado, 11 de julho de 2015

Uma mera opinião de alguém

que os próprios britânicos não levam a sério, está a levantar uma onda de indignação de mui dos nossos ilustres chefs, alguns deles com não-sei-quantas estrelas Michellin.

Estou-me a referir à opinião do crítico de restaurantes Giles Coren (eu que adoro cozinha nunca tinha ouvido falar de tal criatura, mas, adiante) que visitou a Taberna do Mercado em Londres e posteriormente escreveu uma review onde bate forte e feio.

O grande problema é que cada vez mais as pessoas têm imensa dificuldade para lidar com criticas que não sejam aquelas que elas querem que seja.

Eu questiono: que mal tem o homem não tem gostado da comida e achar que a cozinha portuguesa é a pior do mundo?

Por acaso eu acho que a cozinha portuguesa é boa mas está longe de ser a melhor do mundo. De facto temos um peixe e um marisco excepcional, mas de resto, há melhor, muito melhor e com mais criatividade em vários pontos do planeta.

Eu sou daqueles que convivem bem com criticas negativas. Não gosta, não come. Paciência!

Por exemplo, um dia em Évora fui almoçar a um restaurante e pedi o bem tradicional arroz de pato. Aquilo estava um nojo. Devolvi o prato e não aceitei novo e disse alto e bom som: “se um turista aqui vem e pede isto vai pensar que “bela porcaria é arroz de pato”. É um exemplo. Eu também não sou apreciador da comida alentejana e acho que em Évora se come mal em todos os restaurantes. É uma opinião.

Não gosto de franchesinhas. Acho aquilo desanxabido e nada de especial, apenas uma tosta gratinada com alguns ingredientes e um molho a saber a cerveja. Mas adoro tripas à moda do Porto. Adoro sardinhas grelhadas e não aprecio salmão. Mas respeito que tenha gostos em contrário.

O que o Coren disse vale o que vale. Para mim não vale rigorosamente nada e só tem importância quando lha dão. 

Meus caros chefs portugueses e demais apreciadores da cozinha portuguesa. Borrifem-se nesse gajo e deixem-no a ladrar sozinho. Se calhar o homem é daqueles que adora empadas com couve cozida, ou o feijão com ovos estrelados e salsichas ou então as panquecas de batata com salsichas de porco. Eu por acaso nem aprecio, para além do gosto pouco refinado, dá-me propensão a gases.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Tantos milhões que vão parar, só por acaso, em tantas contas

Desde ontem que me tenho divertido com as notícias da detenção de Armando Vara.

Começo a achar que a minha avó tinha razão quando, há 30 anos, dia: "era metê-los a todos [políticos e seus compadres] num celeiro, fechá-lo e atear-lhe fogo"

A porra toda era que tinha de ser um celeiro muita grande.

Arre!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Delegados da Bial suspeitos de forjarem estudo científico para justificar subornos a médicos

Se calhar é por isso que nos anúncios de emprego para Delegados de Informação Médica se solicita, sine qua non, experiência comprovada no lugar de vários anos.

Ou seja, quem nunca foi delegado, não o pode ser porque desconhece os meandros obscuros da profissão que demoram anos de aprendizagem.

Mas só se calhar, claro.


Triste país que ocupa o 5º lugar nos mais corruptos, mas é tudo por acaso.